sábado, 17 de dezembro de 2011

O rico, digo, bom velhinho

Há dez anos quando vim pra São Paulo pela primeira vez também foi em época época de Natal. Lembro de que chegou uma hora que encheu o saco essa cidade. Aquela falta da minha casa, aquela avenida na frente da casa da minha tia, a ausência quase completa de Lua... insisti muito pra ir embora.
Eu tinha treze anos.
Desta vez, sinto que tenho muita coisa pra ver e pra fazer. Conhecer o Kooi – meu amigo nipônico e paulista – ele tem as duas nacionalidades, brasileira e japonesa, e sim, é possível – no começo desse ano me deixou muito curiosa sobre os lugares que ele queria me mostrar. Teimava em me mostrar.
Deveríamos ter saído hoje, mas, acreditem, meu celular caiu debaixo da cama e só vi horas depois, bem na hora que ele disse que ia desencanar e tentar outro dia. Viu, Kooi, eu não tive culpa.



Fui mais uma vez ao shopping. No Aricanduva a rua foi decorada e fica tocando musiquinha de Natal. Achei uma gracinha minha tia insistir pra me mostrar a réplica que eles fizeram do Teatro Municipal que decora a entrada do shopping. Fiquei cruelmente comparando com a polêmica das árvores de lençol de Teresina.



Descobri que minha prima gosta muito de comer. Sim, eu estou pegando carona, mas penso antes. Ela é que sente fome o tempo inteiro e fome de Mc Donald's. Pois é... É bem verdade que meus turismos são culinários, porque não bebo e não gosto de algumas diversões que eu chamo de explosivas. Sempre digo aos meus amigos, “Vocês bebem e eu como”.

Aconteceu uma situação no mínimo constrangedora numa loja de departamentos. Uma menina veio e me insistiu mil vezes para que lembrasse que seu nome era Mônica. Nunca vou esquecer que o nome dela é Mônica.

- Oi, vocês já foram atendidos?
- Ainda não.
- Pois meu nome é Mônica.
- Você arruma uma sacola pra mim?
- Já vou pegar. Qualquer coisa meu nome é Mônica.
- Tá bom.
- Aqui a sacola. Vocês estão precisando de alguma coisa? Se precisarem, chama pela Mônica, tá?
- Você pega aquela saia lá em cima por mim? Tô com as mãos ocupadas...
- Claro, vamo lá.
- Tamanho P.
- Aqui. Eu vou ali. Mas se quiser falar comigo é só me anunciar e chamar pela Mônica.
- Tá, Mônica.

Só entendi a preocupação dela quando, sem mentira nenhuma, dez vendedores nos perguntaram se já tínhamos sido atendidos. Minha gente, simplesmente eles têm uma preocupação desenfreada sobre quem vai assinar as vendas na última hora. Quando já tínhamos quase escolhido, um cara veio e perguntou, de novo, se já tínhamos sido atendidas. Pois é, já, e minha prima disse na cara dele que aquilo já estava enchendo o saco dela. Ele com toda sua forçada simpatia fez todo um discurso super falso, mascarando que queria apenas a comissão da venda. Pois bem, despachamos mais esse. No fim das contas, o único cara que sabia vender foi o que ficou com a comissão. Nada de Mônica e nem do outro, que vou chamar de Cebolinha. O prêmio foi pro cara super humilde (no sentindo de ser atencioso e delicado) e que trouxe várias opções dos produtos que queríamos, inclusive com preços mais baixos.

Depois batemos perna, encontramos Papai Noel e exaustas viemos pra casa. Denise, minha prima, tentou comer mais um sorvete, mas o Mc já tinha encerrado por hoje.



Aqui o lixeirinho de notas fiscais que fizemos eu, Paulinha e minha prima. Claro que essa imagem não faz justiça a todas as notas que tivemos. Chega, Dai!



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