Um dia discutindo com minha melhor amiga* sobre a transferência em casos de terapia ela colocou em cheque a minha argumentação de que pacientes e profissionais da saúde mental eram pessoas como qualquer outra e que podiam se relacionar de maneira saudável (qualquer leigo me bateria com um porrete ao ouvir isso). Mas ninguém nunca tinha me convencido até que ela perguntou:
- Você deixaria o seu filho nas mãos de um terapeuta que pudesse vê-lo com outros olhos?
Calei.
Quando vi no Twitter a convocação para que a blogosfera aderisse à campanha eu simplesmente achei o máximo. Tenho alunos de cinco a quinze anos e tenho por eles um forte sentimento de proteção. E isso porque não tenho filhos. De todo modo, fico triste quando vejo pessoas tratando as crianças como pau-mandados, moleques de recado, idiotas que não entendem o mundo.
Se me pedissem pra enumerar as características das crianças eu simplesmente diria em primeiro lugar Inteligência.
Então se é pra combater a exploração de crianças vamos começar com nossos sobrinhos, nossos primos, aqueles a quem mandamos buscar água, com quem gritamos com quem nos irritamos e xingamos.
Antes de tudo, nada de tratar criança como animal de estimação.
*Sávia Lorena Barreto
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