domingo, 16 de outubro de 2011

O princípio do desespero

Sei que a psicanálise e as psicologias devem ter uma explicação mais detalhada sobre isso. Mas recentemente algo me chamou atenção: a necessidade das pessoas (e minha, já que sou uma pessoa) de se desesperarem.
Sempre que surge um novo compromisso, tenho visto a cara de aflição de meus colegas. E pela intensidade e frequência com que isso ocorre, me preocupei.
Uma de minhas professoras riu muito quando, comentando entre colegas sobre uma de nós, falei "Ela é do princípio do desespero!". Quer dizer, sempre e onde puder me desesperar, me desesperarei.
Quanto trabalho temos em nos encontrar e nos manter centrados, e ser pessoas cada vez mais produtivas deixando de lado as frustrações do passado... Eu que pensava! Algumas pessoas, e acho que isso acontece comigo, embora com menos frequência, bem menos, nem entendem o que tem que fazer. Apenas reclamam antes, e, depois, quando alguém diz o que é necessário, a pessoa vê que não precisava daquilo tudo.
Acho que a grande questão é cada um querer se desacostumar da dor, do sentimento de inutilidade e tentar ver pelo lado mais produtivo. Pensar mais no resultado que no trabalho. Mas quem está percebendo que pode sofrer menos?

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