Quem, quando criança, não ficou apreensivo ao ver surgir a Bruxa do 71 no Chaves? As coisas que ela fazia eram sempre sinal de alguma bruxaria, inclusive varrer. Alías, por lá sempre tinha uma vassoura, naquele modelo característico. Coitada da dona Clotilde, porque as pessoas vêem com maus olhos esse negócio de magia. Acho que às vezes ela queria mesmo lançar um feitiço para conquistar o seu Madruga.
Conversando com Henrique na ida pra Universidade, toquei no assunto das vassouras. Aprendi recentemente que o hábito de varrer casas estava relacionado, há muito tempo, a não deixar vestígios dos moradores da casa que pudessem ser utilizados para fazer alguma magia (de acordo com o princípio de que os elementos que estiveram ligados continuam juntos, como unhas, fios de cabelo, etc.). Ele, como sempre, sabendo do que eu estava falando, me disse que na Europa, algum povo que eu não lembro o nome, antes da formação dos estados nacionais (muito antes), já usavam vassouras para limpar o ambiente para seus rituais.
Tudo isso me fez lembrar do terror que era quando eu via alguma vassoura atrás das portas, que era sinal que a que a visita que acabara de sair era indesejada. Na minha mente infantil, aquilo era fantástico!
Nenhum comentário:
Postar um comentário